
eeee, tá chegando a melhor época do ano
Mas para quem realmente não quer sair da zona de conforto nessa época a editora parceira Rocco tem várias novidades maravilhosas. Então veja aqui e escolha quais livros você vai querer fazer uma maratona literária nesse carnaval (porque não, né?)

Uma longa viagem de carro ao interior entrecortada por pensamentos sobre encerrar um relacionamento e a angústia com uma mórbida perseguição telefônica. Alguma coisa ruim vai acontecer? O romance de estreia de Iain Reid é um murro. Baseado em uma narrativa profundamente psicológica, Eu estou pensando em acabar com tudo é uma espécie de thriller minimalista, que esconde muito bem o medo de uma tragédia iminente com alegorias sobre a própria vida ser uma tragédia anunciada.
Antes de se embrenhar pela ficção, o autor canadense Iain Reid vem de dois trabalhos de não-ficção elogiados pela crítica americana: One bird's choice e The Truth About Luck, relatos autobiográficos divertidos e com um profundo viés geracional, além de contribuir regularmente para veículos como o jornal National Post e a revista New Yorker. Com Eu estou pensando em acabar com tudo, Red constrói uma trama onde a tensão pode ser sentida no ar, nos movimentos e convicções, na entrelinha do texto.
No livro, o casal protagonista viaja à fazenda da família de Jake, único personagem que tem o nome citado no livro, para que a moça, que narra a trama, conheça os pais do rapaz. Tanto a viagem aparentemente banal quanto a própria fazenda carregam histórias sombrias no subtexto. A cabeça da garota está atormentada pela perseguição de um homem misterioso que deixa sempre a mesma mensagem de voz, mas não consegue contar a Jake. A casa da fazenda também tem seus traços sinistros no porão e a história toda corre com a sensação de que estamos todos só aguardando o inevitável.
Em uma espécie de jornada cerebral que une elucubrações filosóficas e medo, o livro apresenta tanto referências de terror clássico como Stephen King, quanto suspenses menos tradicionais, sustentando sua narrativa curta e densa, para além das limitações inerentes ao gênero. São diversas camadas de acontecimentos, com o temor surgindo aos poucos nos pensamentos da narradora e nos flashes inesperados de vizinhos que conversam sobre um acontecimento macabro. A obra de Reid se sustenta como romance para além das barreiras do horror e foi recebida com entusiasmo por críticos de jornais como The New York Times e The Independent.

Um verão. Uma menina. Um plano. 65 maneiras de fazer a diferença. Neste livro romântico e cativante, Michele Weber Hurwitz, elogiada autora de livros juvenis, conta a história de Nina Ross, uma menina de 13 anos que, um pouco entediada e solitária durante as férias, resolve dar um gostinho diferente aos seus dias com um plano inusitado: fazer uma boa ação por dia, anonimamente, a alguém de sua vizinhança. A cada um dos 65 dias em que põe seu plano em prática, Nina descobre algo novo sobre seus vizinhos e sua família capaz de surpreendê-la. E aprende que as coisas podem não acontecer sempre do jeito que esperamos, mas podem ser ainda melhores. Como o verão inesquecível em que ela salvou o mundo – ou pelo menos fez uma pequena diferença nele – e as próprias férias.
Nina tinha apenas um curso de desenho artístico previsto para as férias, mas enquanto as aulas não começam observa a movimentação da vizinhança deitada na rede do quintal. Na casa ao lado, a Sra. Chung mira concentrada duas bandejas de plástico repletas de mudas de cravos. Apoiada em muletas, a vizinha resmunga alguma coisa com frustração. Como irá plantar as flores com a perna engessada?
Ao ver a cena, os pensamentos de Nina a levam de volta a uma aula com o Sr. Pontello: “Quase sempre são as coisas comuns, as que passam despercebidas, que acabam fazendo alguma diferença.” A lembrança a fez pensar na avó, que sempre tinha alguma “Simples Verdade” sobre todas as situações. De repente, Nina percebe o que deve fazer. Vai plantar os cravos para a Sra. Chung. Pela primeira vez na vida não irá esperar que alguém tome uma atitude. Ela mesma fará isso.
Foi assim que tudo começou. E se alguém pudesse mesmo influenciar os acontecimentos ao redor? Ou até mesmo alterá-los para melhor? Nina estava decidida, realizaria 65 boas ações até o primeiro dia das aulas do ensino médio. Isso iria mantê-la ocupada, pois, afinal, além do curso de verão, só tinha que ler dois livros para a futura aula de literatura.
Decidira, porém, que todas as boas ações em sua vizinhança seriam praticadas de forma anônima. Assim, à medida que os dias passam, Nina vai aumentando sua lista: brinquedos organizados no quintal da Sra. Cantaloni, biscoitos para o Sr. Dembrowski, conserto na capa do pequeno Thomas, um elogio sincero à roupa da mãe de Jorie... Mas será que tudo isso fará realmente alguma diferença no mundo? Como encarar e aceitar as reações das pessoas? Podem boas ações provocar situações equivocadas? Como Nina atesta, a vida pode mesmo ser cheia de surpresas.
Outros lançamentos
Oiii Sil
ResponderExcluirQue saudade dessa época. Nunca fui muito de carnaval, mas amava os dias extras de folga pra ficar à toa e descansar. Por aqui nem temos essa data mas terça pelo menos será Dia dos Namorados e quem sabe eu pelo menos ganhe um presentinho...haha
Dos lançamentos desse mês o que mais me chama a atenção é o da Veronica Rossi, essa trilogia é ótima.
Beijos
Alice and the Books