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Resenha: Uma centelha na escuridão

13/11/2023

Uma centelha na escuridão

Olá leitoras. Tudo bem com vocês?

Eu adoro livros de suspense, ainda mais quando envolve algum serial killer e uma protagonista cheia de traumas, então ao ler a sinopse de Uma Centelha na Escuridão fiquei logo de cara bastante ansiosa para e leitura já que ele possui esses dois elementos. 

Chloe é uma psicóloga que por anos de sua vida precisou lidar com o fato de que seu pai é um serial killer condenado e por onde ela ia era vista como a filha do assassino. Agora adulta, morando em uma nova cidade e quase 20 anos após os assassinatos de seu pai tudo que ela deseja é seguir com sua carreira e ter uma linda cerimonia de casamento com seu noivo perfeito. Até que uma adolescente é encontrada morta e isso gera um enorme gatilho nela — principalmente após ela perceber que foi uma das ultimas pessoas a ter contato com a jovem.

O livro é repleto de flashbacks da infância de Chloe e de como foi para ela o período em que algumas adolescentes foram assassinadas até o momento em que ela se lembra de seu pai sendo preso acusado de matar todas as jovens. Uma garotinha que tinha medo do perigo quando ele estava debaixo do seu próprio teto, dizendo para ela que a protegeria do monstro. Ela cresceu com diversos traumas e ainda que tenha se tornado uma mulher bem sucedida é viciada em remédios e não consegue ao menos perdoar sua própria mãe que está internada há anos após uma tentativa de suicídio. Sua única conexão com o passado é o irmão mais velho que, mas ainda assim eles não se encontram com frequência.

A trama é repleta de personagens secundários que a cada capitulo se tornam suspeitos e eu confesso que chegou um momento em que eu pensei até que a própria Chloe poderia estar fazendo isso (onde eu confesso que iria gostar bastante). Eu gosto desse mistério e de ficar tentando adivinhar o plot twist final e, infelizmente, desta vez eu acabei descobrindo o final. Não sei até que ponto a autora foi óbvia ao longo dos diálogos e flashbacks, mas faltando um pouco mais de 100 páginas para o fim da história eu já estava com o assassino na minha mente e até mesmo o que o motivava. Acho que para qualquer leitora desse tipo de livro, ainda que seja satisfatório desvendar o plot twist ainda da uma tristeza pela falta de algo que o livro prometeu e não entregou. Não digo que é uma leitura ruim, pois eu fiquei presa nele durante alguns dias e pensava nas possibilidades quando não estava lendo, mas no fim das contas eu só queria ser surpreendida ao final.

Título: Uma centelha na escuridão (A Flicker in the Dark)
Autora: Stacy Willingham
Editora: Planeta (TAG fev/20232)
Páginas: 352
Tradução: Fernanda Dias
Ano: 2023

Resenha: Até os ossos

07/11/2023

Até os Ossos

Olá, leitoras. Como vocês estão? 

Há algum tempo eu estava com o filme Até os Ossos na minha lista para assistir neste ano e no meio desse processo lembrei que ano passado recebi o livro da minha antiga parceira Companhia das Letras e bom, porque não ler antes de assistir, certo? 

Aqui acompanhamos Maren praticamente desde a primeira infância, onde já na introdução do livro ficamos sabendo que ela é uma canibal. Sua primeira vitima foi uma babá adolescente que estava com ela no colo. A criança simplesmente comeu grande parte do corpo de uma pessoa quase adulta e foi encoberta pela mãe que ao chegar em casa, mesmo sem acreditar, percebeu que sua pequena filha fez essa atrocidade. Os anos passam com as duas fugindo para lá e para cá, sempre que Maren caia na tentação e não conseguia controlar seus instintos, mas quando ela completa 16 anos sua mãe simplesmente vai embora deixando uma carta de despedida, uns poucos trocados e uma pista de quem é o pai de Maren.

A partir dai então a personagem irá em uma jornada que não se tratará apenas na busca pelo seu pai, mas principalmente sobre si mesma e o motivo de ela ser assim. Nesta viagem ela conhece pessoas boas e ruins, além de Lee que se torna um companheiro de viagem (e claro, um interesse amoroso) que também é um canibal igual a ela. O que gosto neste personagem é que ele não tem mais aquele medo e sentimento repulsivo de ser como é, pois já aceitou essa condição ainda que seja horrível e o fez se afastar da própria família.

Gosto bastante da ideia do livro, nessa nova mitologia onde a criatura come carne humana (podendo ou não matar a sua presa), mas o desenvolvimento da história para mim não funcionou muito bem. Não gostei da personagem, infelizmente não tive apego algum com ela e o único momento que realmente senti algo durante a leitura foi no seu encontro com o pai. Mas, sem entrar em detalhes e spoilers, esse encontro dura poucas páginas e mal da tempo de acompanhar todas as coisas que ela sente naquele momento tão importante do livro.

A autora ainda tentou inserir um vilão para a trama e que a cada página foi ficando óbvio quem ele revelaria ser no final, mas a questão que eu fiquei ao terminar a leitura é: pra que? Aquele personagem poderia simplesmente ser alguém qualquer que faz maldades e pronto, mas na tentativa de acrescentar algo que pareça importante a autora acabou pecando em uma das poucas coisas que poderia deixar a história um pouco mais interessante.

Sobre o filme

Eu não sou puritana, que exige que as adaptações sejam iguais aos livros e neste caso até gostei de algumas mudanças mas, poxa vida. Eu não consegui ver sentido em trocar o núcleo familiar de Maren, aqui vivendo e sendo abandonada pelo seu pai ao invés da mãe e sair em busca de sua mãe biológica. Mas já gostei da dinâmica entre Maren e Lee e até mesmo do relacionamento de amizade e romântico deles, ainda que o final do livro e do filme (mesmo que diferentes) conseguiram ser decepcionantes.


Título: Até os Ossos (Bones & All)
Autora: Camille DeAngelis
Editora: Suma de Letras
Páginas: 296
Tradução: Jane Bianchi
Ano: 2022

Resenha: Quando acreditávamos em sereias

01/11/2023

quando acreditávamos em sereias - livro

Olá, leitoras. Quanto tempo! Como vocês estão?

Então depois de um ano longe desse blog e quase deixa-lo morrer eu finalmente estou tentando voltar não apenas com os posts mas principalmente com as minhas leituras. Infelizmente esse ano não começou da melhor forma e muita coisa mudou na minha vida e minha rotina de leitura ficou desestabilizada. Pode-se dizer que eu passei por uma longa ressaca literária que nem meus gêneros favoritos conseguiram me animar.

Para esse retorno hoje vou  falar sobre o primeiro livro que li neste ano. Faz um bom tempo que não compro livros, mas este ano fiz questão de assinar a TAG e Quando Acreditávamos em Sereias foi o primeiro livro do ano. Nesta história duas irmãs tem visões diferentes do passado, da sua própria família e até mesmo do relacionamento entre elas.

Kit é uma médica que vive sozinha com seu gato, que gosta de surfar para aliviar o estresse do dia a dia e precisa cuidar de sua mãe ex-alcoolatra. Mesmo depois de 15 anos ele ainda pensa em sua irmã que havia desaparecido e misteriosamente morreu em Paris. Mas ao ver uma reportagem na tv sobre um ataque terrorista em uma boate ela tem um pequeno vislumbre da imagem que lembrava de Josie.

Josi, ou Mari como agora é chamada, vive em uma pequena cidade no interior do interior da Europa com seu esposo modelo e dois filhos. Ela é apaixonada por decoração e casas antigas, faz questão de reformar e ama conhecer as suas histórias. Há 15 anos forjou sua própria morte para fugir de sua vida, seus vícios e até mesmo da família, ainda que ame muito sua irmã sentiu que todos ficariam melhor sem ela e ela melhor sem a toxicidade de sua mãe.

Quando Acreditávamos em Sereias não foi um livro que eu gostei tanto. De modo geral achei a narrativa um pouco arrastada, principalmente a "jornada" de Kit para ir atrás de sua irmã em outro continente após vê-la na tv. Tudo foi demorado demais e ela ficou muito mais tempo passeando em um lugar diferente, pois obviamente tinha duvidas que sua irmã poderia estar viva, do que empenhada em descobrir algo que a levasse ao esperado encontro.

A narração é intercalada entre as duas irmãs e os capítulos dedicados a Josie/Mari são bem mais interessantes de acompanhar, já que tentar descobrir o que a fez desaparecer e se tornar uma nova pessoa é um mistério que ficamos tentando desvendar principalmente quando os flashbacks do passado são narrados. A vida das irmãs na infância não foi fácil, já que seus pais não eram tão exemplares e as duas ficavam noites no bar da família, perdiam escola e ficavam na presença de adultos perigosos.

Quando eu penso nessa história, tantos meses após finalizar a leitura, eu vejo apenas como uma história esquecível de um drama familiar que já foi contado em diversos outros livros. Ao invés da história focar nas duas irmãs acredito que contar apenas o ponto de vista de Josie e da sua surpresa ao reencontrar a irmã poderia deixar a narrativa um pouco mais gostosa de acompanhar, com mais ênfase em seu passado e posteriormente conclusão com sua nova família.


Título: Quando acreditávamos em sereias (When We Believed in Mermaids)
Autora: Barbara O'Neal
Editora: TAG (em parceria com Ciranda Cultural)
Páginas: 400
Tradução: Gabriela Peres Gomes
Ano: 2023

Resenha: Família de Mentirosos

03/11/2022

Olá, leitoras. Como vocês estão?

A primeira vez que li Mentirosos me surpreendi e me apaixonei com a história. Na época de seu lançamento o livro foi um grande hype na comunidade de leitoras e leitores na internet, então não me surpreenderia se a prequel da história da família Sinclair não acabasse fazendo o meu sucesso — principalmente no Instagram. Infelizmente não foi o que aconteceu. Eu, particularmente, vi umas duas pessoas falando sobre esse livro e ninguém muito animado como foi com o primeiro.

ão é que Família de Mentirosos seja um livro ruim, pelo contrário. Acho E. Lockhart uma autora excelente que parece não estar aproveitando tanto assim do seu talento, já que ela tem poucos livros no seu currículo. Não acho que essa prequel foi necessária, que acrescentou algo a tudo que vimos em Mentirosos, mas é uma boa história que segue a linha narrativa da autora: Fluída, com muitos diálogos e alguns contos no meio do caminho. Claro, não podemos esquecer daquilo que dá um gostinho a mais as suas histórias: um plot twist.

O livro é contado pelo ponto de vista de Carrie, tia de Cadence (narradora de Mentirosos) e mãe de Johnny. Ela tem uma conversa com seu filho onde promete revelar um segredo da família, um segredo pessoal, e então voltamos quase 30 anos antes dos acontecimentos do primeiro livro. Carrie nunca se sentiu 100% como uma Sinclair e como a mais velha precisou servir de exemplo para as irmãs com todos os ensinamentos e regras que seu pai impunha para as filhas. A ilha já era um paraíso de verão para eles e a trama começa, de fato, justamente em um verão em que a pequena Rosemary morre afogada na praia.

Os Sinclair não falam sobre seus problemas, eles tão pouco os enfrentam. Tudo é varrido para baixo do tapete, todos fingem que nada aconteceu e é o que acontece com todos enquanto enfrentam o luto pela criança. É horrível de acompanhar, ainda mais sentindo a agonia de uma adolescente que se culpa por não estar com a irmã, uma adolescente que gostaria de chorar essa falta e acaba ficando viciada em remédios para amortecer essa dor. Ao voltar para a ilha no ano seguinte ela passa a ver o fantasma de Rosemary pela casa e a interagir com ela.

Para Carrie o ponto alto, o melhor desse verão, é conhecer com alguns meninos que acompanham sua prima na ilha (naquela época o pai dividia a ilha com seu irmão). Ai, para mim, é quando a história começa a dar uma desandada, já que a protagonista acaba se apaixonando por um dos meninos e passa seus dias com ele. As interações românticas demoram para acontecer e que bom que foi assim, pois os personagens não têm nenhuma química e o garoto é muito chato que se acha a última bolacha do pacote. Mas é um bom momento para vermos como a cabeça de Carrie está tão fodida a ponto de confundir seus sentimentos, a ponto de ficar paranoica e até mesmo perder "contato" com suas irmãs mesmo quando elas anseiam por ela.

Como já foi dito a escrita da autora é muito fluída, então eu acabei lendo o livro em menos de um dia. Todos os acontecimentos me deixavam mais e mais curiosa, ainda mais por saber que algum plot twist viria nessa história, mas quando ele veio eu não me senti tão impactada quanto gostaria/esperava. Claro, foi uma grande surpresa, mas sabe aquela coisa de a história praticamente estar se repetindo? Eu realmente gostaria de algo chocante. As consequenciais de todos aqueles atos não existem, o que pode mostrar que os ricos sempre se dão bem em todas as situações, mas não... só não, sabe. Torço para que a autora não volte mais para a família Sinclair e crie novas histórias surpreendentes para os leitores.

Título: Família de Mentirosos (Family of Liars)
Autora: E. Lockhart
Editora: Seguinte
Páginas: 336
Tradução: Flávia Souto Maior
Ano: 2022
Compre aqui: Amazon
Sinopse:Não é fácil para Carrie ser a principal herdeira da família e carregar todas as expectativas que vêm junto com seu sobrenome. Para ser uma Sinclair perfeita, ela não deveria demonstrar emoções ― nem mesmo o sofrimento profundo pela morte recente de sua irmã caçula. Para ser uma Sinclair perfeita, deveria se submeter à cirurgia na mandíbula que seus pais insistem que ela faça, mesmo que isso lhe renda dolorosas semanas de recuperação ― e um vício em analgésicos. No verão de seus dezessete anos, a família vai para Beechwood, a ilha particular onde sempre passa as férias. Mas, dessa vez, há algo de diferente: entre os visitantes da ilha está Pfeff, um garoto que mexe com os sentimentos de Carrie. Mas esse relacionamento está longe de ser um conto de fadas ― e essa história dificilmente vai acabar em um “felizes para sempre”.

5 filmes de terror para seu Halloween

31/10/2022


Olá, leitoras. Infelizmente esse ano eu não tive muito ânimo e tempo para me dedicar a leituras e postagens de Halloween neste mês, mas para tentar compensar isso hoje trago 5 filmes de terror lançados em 2022 para você dar uma conferida.

X e Pearl

Vou deixar os dois filmes juntos pois eles fazem parte do mesmo universo e dirigidos pelo mesmo diretor, então é mais fácil ainda se você puder assistir os dois juntos.

X (no Brasil veio como X - A Marca da Morte) chegou sem muitas pretensões e recebeu diversos elogios dos fãs e dos críticos. Para mim, todos muito válidos. É muito raro assistirmos um filme de slasher em que fica claro logo nos primeiros assassinatos quem é o assassino e aqui o que precisamos entender são suas motivações para tal coisa.

Pearl, ainda que para mim não tenha sido um ótimo filme, ele tem o feito de causar estranheza e aquele nervoso de ver personagens que são facilmente odiáveis fazendo coisas horríveis ou personagens incapacitados de se defenderem tendo que passar por coisas horríveis. É um filme sobre como era, e é, ser mulher em uma sociedade que espera que sejamos algo diferente.

You Won't Be Alone

Por falar em filmes que falam sobre como é ser mulher "Você não estará sozinha" é mais um bom exemplo disso. Ainda que seja um filme beeem parado e bastante... filosófico, digamos assim, ele tem coisas que amamos em terror: bruxa.

Uma criança é amaldiçoada por uma bruxa ainda em seus primeiros dias de vida e para protegê-la sua mãe a tranca em uma caverna para que a bruxa não a pegue quando esta for maior de 16 anos. Durante anos a bruxa tenta chegar até a garota e quanto finalmente consegue essa jovem precisará entender o que é ser mulher entre os seus semelhantes e o que é ser bruxa dentro dessa sociedade. Um filme bem interessante que recomendo.

Bodies Bodies Bodies

Eu, como um boa amante de slashers, não poderia deixar de fora o melhor slasher do ano, né? Bodies Bodies Bodies (ou "Morte Morte Morte" como veio para o Brasil) tem personagens pós-adolescentes podres de ricos se reunindo em um final de semana para beber até não poderem mais. Durante a festa particular eles decidem jogar Bodies Bodies Bodies (que é praticamente um Among Us kkkk) e aí que as coisas começam acontecer.

É um filme que gostei pois acho até engraçado. São pessoas ricas, que estão fazendo coisas de gente rica em meio a um caos e mortes.

Pânico (5)

A franquia Pânico sempre foi uma das minhas favoritas desde criança. Então ver esse novo filme ser tão bom e adora é um refresco. O novo elenco está ótimo e quando chega os veteranos da franquia tudo se encaixa bem demais. Ainda estou curiosa para ver o que será dos próximos filmes, mas torço que o nível continue alto.


Minhas impressões de A Escola do Bem e do Mal

27/10/2022

 

Olá, leitoras. Como vocês estão?

Eu já fiz alguns vários posts sobre A Escola do Bem e do Mal por aqui, né? Claro que eu não deixaria de falar sobre a adaptação que eu estava há alguns anos esperando. Então se você quer saber o que achei desse filme acompanhe esse post.

Acho que preciso dizer que de modo geral gostei bastante da maneira que a história de Agatha e Sophie foi adaptada. Os principais elementos dos livros foram inseridos no filme e devo dizer que a produção das duas escolas ficou ótimas. Gosto do jeito todo fofo e rosa que a Escola do Bem tem, desde uma sala insignificante até o quarto das alunas e a escuridão que a Escola do Mal tem em todos os corredores. Isso sem mencionar os figurinos, principalmente da Escola do Mal que tem alguns acessórios e penteados diferentes. Claro que as roupas de Sophie são as melhores, mas eu senti uma falta de peças mais impactantes (algo como as da Cruella).

Tenho duas críticas em relação a coisas do livro que senti falta aqui e uma delas foi a forma como a amizade das duas é apresentada ao público. No livro temos uma Sophie desde as primeiras páginas mostrando que tinha interesse em sua amizade com a Agatha, já que ela sabe sobre a Escola do Bem desde criança e vê a sua amizade com a "menina bruxa" como um ato de bondade, algo para mostrar que ela é merecedora e boa. Na adaptação as duas realmente são amigas, tem uma sincronia maravilhosa e não que isso seja ruim, pois reforça a ideia de amizade verdadeira que também é muito presente nos livros, mas particularmente senti falta dos traços maus de Sophie aparecendo desde cedo.

A segunda crítica é que eu senti muita falta de todos os momentos em que as amigas se ajudam a passar nas disciplinas. Sophie sabia muito sobre as disciplinas fúteis do bem, como Embelezamento, e passou a ajudar a amiga a não reprovar. E vice-versa. Nessas interações senti falta principalmente de um indo para a escola da outra enquanto se disfarçava de animal.


Diversas mudanças foram feitas na história e isso é normal para adaptação, mas eu gostei de como essas mudanças deixaram o filme mais dinâmico e interessante de acompanhar. O próprio relacionamento de Sophie com Rafal que vai desde o primeiro instante caminhando para algo ruim e apenas ela não percebe a má influência que ele tem sobre ela. Também a introdução da lenda dos Gêmeos já no início do filme dá uma explicação do porquê existe a Escola e o porquê do Bem sempre ganhar.

O elenco em um primeiro momento eu achei um pouco estranho principalmente a Kerry Washington. Ela parecia muito plastificada, falsa, mas quando ela tem uma cena em que finalmente se solta é bom de acompanhar e ver que a própria Profª Dovey finge algo o tempo inteiro para se encaixar na escola do Bem, enquanto Lady Lesso (Charlize Theron) mesmo magoada e em busca de aprovação acaba sendo ela mesma pois a Escola do Mal permite isso. O principal destaque fica para Sofia Wylie e Sophia Anne Caruso, principalmente Sophia que tão bem deu vida a vilãzinha que não é tão vilã assim. Só o próprio jeito da atriz combina com o jeito da Sophie e quanto mais a personagem fica sombria melhor é a interpretação. É quando como se elas fossem semelhantes em muitos aspectos.

Ainda que o filme tenha algumas falhas, clichês e muito CGI ruim ele conseguiu colocar na tela os principais elementos que o livro procurou mostrar para os leitores e tem conquistado um público de diversas idades. Após uma semana de seu lançamento ele permanece no top 10 de filmes mais assistidos mundialmente. Eu, como fã e grande torcedora dessa saga fico na expectativa para que logo venha o segundo filme adaptando Um Mundo Sem Príncipes e levando novamente as duas amigas para A Escola do Bem e do Mal.


Resenha: Ensaio sobre a cegueira

23/09/2022


Olá, leitoras. Como vocês estão?

Estou pensando aqui em como fazer esse texto? Eu não quero chamar de resenha. Vou opinar, claro, mas acho que resenha é uma palavra muito forte para o que eu vou falar desse livro... Como se eu não tivesse esse direito, sabe? Acho que quem leu deve saber como eu me sinto ou se leu não sabe eu nem consigo pensar que tipo de pessoa é você kkkkk (brincadeira).

O plot inicial da obra é sobre uma cegueira branca que vai tomando proporções enormes ao longo do livro. Começa com um único homem e vai passando de pessoa para pessoa, como se fosse uma doença mesmo. E nessa loucura toda uma única mulher continua vendo (e ela é descrita como a mulher do médico, já que no livro os personagens não têm nome). Existem muitas interpretações que podem ser feitas desse livro e eu falo isso pois acabei vendo umas resenhas e vídeos sobre ele e também sobre o filme de 2008 dirigido por Fernando Meirelles. Mas vou me reservar a minha percepção, que pode ou não fazer tanto sentido. Então eu não vou ficar falando sobre a história em si por aqui e sim sobre isso mesmo: interpretações.

A cegueira branca é uma metáfora, isso é bem obvio até mesmo pela forma que o narrador nos conta a história. Ele usa de frases, ditos populares e opiniões sobre aqueles personagens que deixam evidente. O livro foi escrito no início nos anos 90 e nessa época estávamos seguindo para um novo século em que a tecnologia como conhecemos hoje estava começando a predominar e as pessoas estavam começando a ficar dependentes disso. Talvez para nós, que moramos no Brasil, essa ideia veio um pouco mais tarde, mas na realidade europeia as coisas já eram bem avançadas mesmo no século passado e se Saramago viu isso no início dos anos 90 imagina o que ele não veria hoje em dia?

A cegueira é praticamente tudo o que temos ao nosso redor nos dias atuais, esse monte de informação sendo jogadas na nossa cara e que nunca conseguimos extrair nada realmente bom disso, entende? No livro a cegueira é descrita como um mar de leite por todos, mas existem alguns momentos em que dá a impressão de que eles falam que é como se fosse uma luz muito forte, ao contrário da cegueira como imaginamos, onde é tudo preto. Enfim, essa luz a meu ver pode-se referir as luzes de telas, como televisão, computadores, e etc.

Já que os personagens não possuem nomes todos são descritos por características da sua primeira apresentação. Então temos o primeiro cego, a rapariga dos óculos escuros, o médico, a mulher do médico e assim por diante. Nem se quer o cachorro que aparece lá pro final ganha um nome. Eles não precisam de nomes pois nenhum seria capaz de reconhecer o outro por motivos óbvios, porém o narrador precisa descrevê-los de alguma forma a nós e por isso usa adjetivos.

Gosto dessa forma pois a impressão que dá é que cada personagem tem um pouco de cada em de nós em suas características. Por exemplo o jovem estrábico é como se representasse a parte de nós que é inocente, que ainda não tem aquela maldade do mundo ou que não quer ver as coisas ruins do mundo. Ele é uma criança ainda e de início chama muito pela mãe e ao longo do livro vai se esquecendo dela como no nosso processo de crescimento. Já o velho da venda preta é a parte de nós que tem maturidade e conhece a maldade de mundo. O médico pode ser a parte mais filosófica, mas não sei exatamente explicar como. Ele sempre é muito centrado, é um homem inteligente e por vezes acaba tendo algo a dizer sobre a situação em que eles estão vivendo, mas a procura de algum sentido naquilo tudo. Ele é o que tenta acalmar os nervos de todos e ser o mais sensato. A mulher do médico é a única que consegue ver e pode ser a representação da razão, aquela parte de nós que não se deixa levar pelas coisas que vemos por aí, a parte pensante. E sim, existem outros personagens que tem suas representações, mas eu ainda não consegui relacionar muito bem com características de personalidades do ser humano (ou pelo menos não de uma forma que faça sentido).

Diante dessa análise de personagens x personalidades eu acabei percebendo que o livro mostra muito sobre nós e a forma como lidamos com o mundo e com as situações ao nosso redor. Após a primeira leva de cegos, que são jogados em um manicômio abandonado, situações extremas são vividas ali. Fome, falta de higiene, não há notícias do mundo exterior e a única segurança é contra os próprios cegos. Tem situações em que as pessoas são obrigadas a fazer coisas que não gostariam somente para se alimentarem e gera conflitos e debates entre os personagens que claramente nos fazem pensar (principalmente nessa questão de ser obrigada a fazer algo ou fazer por desejar fazer). É angustiante vê-los ali naquela situação e angustiante e pensar que se algo do tipo acontecesse realmente seria daquela forma ou ainda pior que os seres humanos agiriam.

Não é um livro fácil de ler, mas apesar da forma como Saramago escreve é impossível largá-lo. Já vi algumas pessoas comentado que nunca mais quer ler nada dele ou que ele escreve mal por não usar pontos e virgulas, mas isso é uma característica única do homem e por mais que deixe a leitura um pouco cansativa a história te prende. É praticamente impossível ler esse livro sem querer saber o que vai acontecer em seguida ou com os personagens. Então por mais que seja chato para se acostumar insista pois ao final da leitura você vai se sentir como se essa tivesse sido a melhor coisa da sua vida (e também a mais louca).

Essa edição nova da Companhia das Letras conta com alguns extras, como páginas de um diário de Saramago narrando mais ou menos como foi o seu processo de escrita desta obra. Ele demorou muito tempo para concluí-la e percebe-se pelos pequenos relatos que é um livro que mexeu com ele durante todo o processo. Outro bônus são 3 críticas diferentes do livro que foram lançadas na época em que ele foi lançada e é muito interessante ver as opiniões dos profissionais naquela época.

Título: Ensaio sobre a cegueira
Autor: José Saramago
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 432
Ano: 2022
Compre aqui: Amazon
Sinopse: Publicado pela primeira vez em 1995, Ensaio sobre a cegueira é uma verdadeira viagem às trevas da humanidade. Neste clássico moderno da literatura em língua portuguesa, o leitor é dragado para um cenário devastador, onde uma “treva branca” passa a assolar a sociedade, espalhando-se incontrolavelmente. Toda a população deixa de enxergar, exceto por uma mulher, que se passa por cega para acompanhar o marido na quarentena compulsória a que todos foram submetidos. Presos à nova realidade, os cegos se descobrem reduzidos à essência humana. No ano em que se celebra o centenário de nascimento do autor, vencedor do prêmio Nobel de literatura em 1998, a Companhia das Letras lança uma edição especial, em capa dura, com projeto gráfico de Raul Loureiro e obra de William Kentridge na capa, além de prefácio inédito de Julián Fuks e fortuna crítica com textos de Leyla Perrone-Moisés, Marco Lucchesi e Maria Alzira Seixo. Os leitores também terão acesso aos trechos de Cadernos de Lanzarote em que Saramago trata do processo de escrita da obra, selecionados e organizados por Graciela Margarita Castañeda e Pedro Fernandes de Oliveira Neto.

5 adaptações de Stephen King

21/09/2022


Olá, leitoras. Como vocês estão?

Eu já falei aqui muitas vezes que adoro Stephen King e sempre quando venho com esse assunto reclamo que preciso ler mais coisas dele, né? Mas eu nunca consigo ler muita coisa dele por ano e se contar tudo que esse homem já produziu praticamente me conformei que vou morrer antes de ler tudo. Mas mais do que livros existem muitas adaptações de seus contos e seus livros e para não deixar o aniversário do mestre passar em branco quero falar de algumas que já assisti e gostei.


Jogo Perigoso (2017)

Eu gosto desse filme pois ele prende pelo suspense. Ao contrário de que tantas pessoas pensam das coisas que envolvam o nome de Stephen King esse filme não tem cenas fortes de terror, horror e monstros feios. Ele assunta porque é real (e justamente o que o autor sempre quer mostrar em suas obras). Claro que não estou focando no livro, que não li, mas o filme tem justamente isso e claro que o incrivel Mike Flanagan (diretor) tem responsabilidade por adaptar uma história que por muito tempo foi considerada difícil de adaptar.

Na trama um casal vai passar um final de semana em uma casa isolada e aproveitam a viagem para apimentar a relação. Enquanto a esposa está algemada na cama o marido sofre um ataque cardíaco e morre no local. O filme se passa enquanto ela está alucinando e tendo uma DR com o fantasma de seu esposo.


O Nevoeiro (2007)

Vamos falar bem a verdade? O Nevoeiro não é bem um filme que as pessoas assistem e gostam de cara. Não, não. Pelo contrário. Inclusive acho que ele tem ganho o seu valor agora, depois de 15 anos que foi lançado e não é para menos. O final do filme é revoltando quando assistimos pela primeira vez. Quando eu penso nele hoje em dia até fico com raiva, mas ao mesmo tempo acho brilhante.

Uma nova adaptação dessa história foi lançada em 2017 em formato de série e está disponível na Netflix. Nessa trama (do filme) um homem está no supermercado com seu filho quando estranhas criaturas passam a atacar a todos. Eles ficam preso nesse local e precisam lidar com as pessoas que, de modo geral, não conseguem lidar com a situação. Aqui temos uma fanática religiosa, o homem que acha que é o melhor em tudo, aquela pessoa que quer agir sempre com calma e por aí vai.


Um Sonho de Liberdade
(1994)

Eu não sei como esse filme se sai como adaptação, mas como filme ele é sem defeitos. É uma história triste, mas que tem seus momentos felizes. Eu até revi recentemente e sempre me surpreendo com a qualidade dessa obra.

Na trama um homem acusado de matar sua esposa e o amante e é enviado para a prisão. Lá ele faz diversas amizades e arruma um "emprego" fazendo contabilidade dos guardas. Só Andy sabe que é inocente e não pretende passar a vida inteira na prisão.

Adaptações que eu quero assistir

Reservei dois lugares para adaptações que eu quero assistir, mas ando falhando miseravelmente (as vezes a culpa é dos streamings que não colocam logo no catálogo, sabe).


The Outsider

Essa série da HBO adapta o livro de mesmo nome que se tornou um dos meus favoritos do autor. O elenco é muito bom e quero muito ver como que foi feita essa adaptação principalmente no final, que é uma parte do livro que eu não consegui visualizar muitas coisas em minha mente. Fico chateada que a HBO Max não coloca essa série logo no catálogo.


The Stand

Essa série narra um dos maiores livros de Stephen King: A dança da morte. Eu já tive muita vontade de ler esse livro, mas confesso que o tamanho me assusta. Ainda mais que ele é dos anos 70, uma época que o autor dava umas boas viajadas nas histórias. Então a adaptação mais recente dessa história parece uma boa oportunidade de conhecer melhor sobre o que o livro se trata.

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