Resenha: O Guia Definitivo do Mochileiro das Galáxias

15/05/2017


Então após longas duas semanas eu, finalmente, terminei a leitura de O Guia Definitivo do Mochileiro das Galáxias. Ainda não sei definir exatamente o que foi, para mim, essa leitura. São os cinco livros da saga em um único volume que quando foi chegando ao final eu já não aguentava mais ouvir falar sobre a vida, o universo e tudo mais. Há que diga que ficção cientifica não é um gênero literário muito legal, e mais ainda: que não se pode misturar ficção cientifica com comédia. Certamente quem faz tal afirmação nunca leu O Guia do Mochileiro das Galaxias. Eu mesma nunca fui muito fã desse gênero no que diz respeito a livros, sempre preferindo os filmes, entretanto agora posso dizer que estou mudando de ideia e que a leitura de sci-fi pode sim ser engraçada (as vezes). Além de um toque de comédia o livro também tem aventura, então para quem gosta desse elemento pode acabar gostando desta trilogia de cinco. Dos cinco livros o que se tornou meu favorito foi o segundo (O Restaurante no Fim do Universo) e senti grande simpatia pelo quarto volume (Até mais, e Obrigado pelos peixes!) pela personagem inserida neste volume (e infelizmente somente neste).

A obra é narrada por um narrador onisciente que, algumas vezes, gosta de esconder alguns detalhes do leitor mas que outra nos conta coisas que parecem ser bem inúteis e sem sentido mas que em algum momento irá se revelar importante. O meu maior problema com a narrativa do livro foi em alguns momentos que é bem descritiva, mesmo que rápida. Talvez por eu não ser uma leitora de ficção cientifica tenha estranhado. No início achei que seria apenas no primeiro volume e que logo me acostumaria mas infelizmente não foi assim. No que a leitura ficou chatinha com as descrições ela acertou nos diálogos, que além de dar o toque de comédia também é o mais ajuda o leitor a se conectar com os personagens de alguma forma.


O livro tem quatro personagens principais: Arthur Dent, Ford Prefect, Zaphod Bbeeblebrox e Trillian Mcmillan. Ao longo dos livros alguns personagens somem e reaparecem, mas Arthur sempre acaba sendo o foco principal. Apesar de gostar muuuito de Zaphod me senti muito mais empatica com Arthur, principalmente por ele ser terrestre (assim como Trillian) e leigo em todos os assuntos no que diz respeito a galaxia, universo, viagem no tempo e tudo mais. Mesmo depois de tanta coisa que ele passou ainda tinha coisas que ele não compreendia e acho que eu me senti da mesma forma mesmo após ler os cinco volumes. Entretanto, o personagem que mais gostei foi o robô depressivo Marvin. É uma pena que o autor não usou ele mais nos livros, fazendo dele somente o quebra galho.

Apesar de algumas ressalvas acho que vale a pena ler o livro, mas acho que os leitores não deveriam fazer de uma única vez. Dê um tempo entre um volume e outro, caso contrário a leitura pode ser tornar um pouco massante e enjoativa.

— Ah, a vida — disse Marvin, lúgubre. — Pode-se odiá-la ou ignora-la, mas é impossível gostar dela.  

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