Não conhecia Maya Angelou até ver a capa deste livro e me apaixonar muito por ela. Achava que era uma obra de ficção e tive uma baita surpresa quando li a sinopse e descobri que é a autobiografia de uma atriz, poetisa, além de ter sido a primeira mulher negra a roteirizar e dirigir um filme em Hollywood, além de ser amiga de Martin Luther King e Malcolm X era também ativista, dançarina, jornalista e professora. E para acabar ela recitou um de seus poemas na posse do presidente Bill Clinton lá em 1993. Claro que tem outras coisas, mas acho que já deu para entender que a mulher é foda, né? Apesar de ser tudo isso e muito mais o livro não faz falar sobre isso e sim sobre infância. Cada capítulo vai contar de algo e eu já aviso que é bom você estar preparada para sorrir e chorar, logo de uma página para outra. Sua vida foi extremamente difícil, ainda mais sendo de um país tão racista nos século passado (como se ainda não fosse).
Maya morava com a avó, seu irmão mais velho e seu tio em uma casa com um mercadinho na frente. O negócio era da sua avó e era bastante próspero naquela vila, tanto é que quando veio a crise de 29 a avó de Maya era quem ajudava as pessoas a não passarem fome. Mas mal recebia um agradecimento, já que a maioria das pessoas que ela ajudavam eram brancos que a tratavam como lixo por sua cor de pele. Apesar dessas coisas Maya era uma criança feliz, mesmo com saudades da mãe e do pai. Havia um sentimento de abandono muito grande em relação a eles e sua avó não era tão carinhosa assim, apesar de cuidar muito bem dos netos. Seu relacionamento com o irmão era maravilhoso e apesar de tomarem umas surras, às vezes, eles se divertiam aprontando.
Essa alegria não durou muito tempo. A mãe de Maya resolveu que era hora de cuidar dos filhos e os levou embora. Sua família era um pouco mais bem de vida do que a família do pai e pela primeira vez ela teve o conhecimento do que era luxo. Maya odiava morar com sua mãe, a cidade nova, as pessoas que as rondam e quando teve uma figura masculina que ela poderia considerar como paterna ele a estupra. Maya tinha apenas 8 anos quando isso aconteceu e seu medo já era maior que qualquer coisa. Ela não contou para sua mãe com medo de ser apontada como a culpada pelo que houve, mas ela descobriu de qualquer maneira e tomou uma atitude. Depois disso Maya ficou sem falar por anos. Nem uma única palavra saia da boca da mulher que recitaria seu próprio poema na posse de um presidente.
Eu sei que até esse ponto eu jé contei muito da história do livro mas gente, como não? Olha o que essa mulher passou e olha o quem ela se tornou. A história dela é tão triste pelas coisas ruins e tão inspiradoras pois ele nunca desistiu de nada, nem de si mesma quando passou a entender a vida. A Maya tinha tudo para ser só mais uma mulher, só mais uma mulher negra nesse mundo racista, mas ele fez muito mais. Ela foi atrás de tudo o que queria, tanto é que com 15 anos ela se tornou a primeira pessoa negra a trabalhar em um daqueles bondinhos que tinha na época. Você consegue imaginar no contexto histórico disso? Me apaixonei muito por ela, além de amar sua forma de escrever. Ela deixa uma biografia ser legal e às vezes até parece um pouco de ficção.
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Título: Eu sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola (I Know Why the Caged Bird Sings)
Autora: Maya Angelou • Editora: Astral Cultural • Tradução: Regina Winarski
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Autora: Maya Angelou • Editora: Astral Cultural • Tradução: Regina Winarski
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