O Ceifador está incluso na categoria distopia nos livros, mas muito facilmente poderia ser confundido com uma utopia graças a Nimbo-Cumulo, a nuvem mais perfeita já criada. Sim, eu falo perfeita pois, apesar de não ser uma pessoa, é a melhor personagem dessa história e ouso dizer que a trilogia em si é muito mais sobre ela do que os personagens principais que compõe essa trama.
A Nimbo-Cumulo foi criada ainda na Era Mortal a fim de auxiliar os seres humanos a viver no planeta, entretanto ela foi se mostrando ser essencial para a sobrevivência dos humanos (literalmente). Graças a todas as tecnologias que envolvem a nuvem ela foi importante para acabar com todas as doenças, por acabar com a fome e mesmo não podendo controlar o meio ambiente ela consegue controlar como a sociedade lida com ele. Acho que quando lemos ficção-cientifica e vemos alguma inteligência artificial sempre esperamos o pior dela em algum momento, um ponto em que o objetivo da IA é mais importante do que os meios e eu fiquei esperando isso durante a minha leitura, entretanto com uma boa surpresa eu percebi que a Nimbo-Cumulo obedece sem pestanejar todas as leis da robótica criadas por Isaac Asimov.
Particularmente amo todos os pensamentos dela que são nos passado, principalmente em A Nuvem onde podemos conhece-la de forma intima e muitas vezes sofrer como ela sofre com o que o ser humano é capaz de fazer, como mesmo vivendo em um mundo perfeito o ser humano ainda encontra o seu caminho para a maldade. Em O Timbre podemos ver novamente a Nimbo-Cumulo fazendo de tudo para salvar a humanidade, mesmo quando ela não pode agir diretamente na questão central da coisa.
Vejo a Nimbo-Cumulo como uma metáfora para Deus enquanto a Ceifa é a religião, em como Deus é um ser perfeito e a religião corrompe as pessoas, enquanto ela tenta consertar os erros sem se envolver diretamente. E ainda há o fato de as pessoas ali conversarem com ela (basicamente um paralelo com as orações), ela poder curar doentes e ressuscitar os mortos, ela sabe de tudo e vê tudo e só está com as pessoas que aceitam sua presença. Eu não sou uma pessoa religiosa, mas fico imaginando como seria poder ter deus tão perto quanto é a Nimbo-Cumulo.
Sempre acho muito interessante quando algum objeto ou entidade se torna um personagem da história por causa da sua importância.
ResponderExcluirE você tem razão, sempre que leio algo que tenha IA envolvida, espero alguma reviravolta, ou que ela sobreponha as vontades dos humanos. Agora eu tô cada vez mais curiosa para ler, adorei a comparação que você fez com Deus e as religiões!
Beijo!
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Silviane!
ResponderExcluirNimbo-Cumulo é um IA muito inteligente e que bom que em nenhum momento ela traz problemas, achei bem diferente.
E gostei do comparativo que fez entre as personagens, Deus, religião, enfim, uma metáfora muito bem analisada.
cheirinhos
Rudy
Gostei do autor usar a criatividade ao escrever essa trilogia recheada de metáforas e acontecimentos interpretativos. Além disso, a capa de A Nuvem também é maravilhosa, né?!
ResponderExcluirVocê vai acabar me fazendo comprar esses três livros urgente! rs
ResponderExcluirComo não li nenhum deles, saber assim, dos personagens, do quanto a fantasia se junta a vida real, a religião, a fatos nossos, está sendo maravilhoso.
E agora vem Nimbo...que atiça a curiosidade.
O terceiro está pertinho do lançamento né?
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Achei muito interessante.
ResponderExcluirCores do Vício
Muito gostoso ver as pessoas falando sobre as coisas que gostam, deu pra ver que você amou essa trilogia. Achei muito interessante você ter pensado na metáfora com Deus, nem li nenhum dos livros, mas sobre a opinião acerca da religião, eu concordo.
ResponderExcluirOi, Silviane!
ResponderExcluirA Nimbo-Cumulo é mesmo incrível!
Não li ainda A Nuvem, mas gostei muito do que conheci dela em O Ceifador, e assim como você pensei a mesma coisa, fiquei esperando o lado pior dela aparecer rsrs, que bom que isso não acontece!...
Achei interessante sua comparação da Nimbo-Cumulo como uma metáfora para Deus, e a Ceifa como a religião, eu não tinha feito essa ligação, achei bem interessante e realmente é bem parecido.
Bjos, amei o post!
ola
ResponderExcluiramei a sua resenha
não é um genero que eu leia com frequencia ,mas achei interessante esse livro ter esse enredo um tanto utopico ,essa personagem criada para ajudar o ser humano ,achei diferente isso .e vejo muitos comentarios positivos sobre essa serie .
Gostei bastante de sua análise, bem coerente. Depois desse especial e de todas as demais resenhas do livro, tenho que ler com certa urgência e para de ficar so na curiosidade.
ResponderExcluirVocê fez uma analogia que faz todo sentido. Eu acho incrível como a Nimbo-Cúmulo consegue deixar um monte de gente com raiva, sem mover um byte fora das leis de Asimov. É incrível e muito maravilhosa, concordo com você, é a melhor personagem dessa trilogia.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Adorei a forma como descreveu a nimbo cúmulo. Eu refleti bastante lendo o Ceifador e uma das questões que ficaram na minha mente foi a respeito da nimbo cúmulo. Também chamei o livro de uma utopia por conta dela e aprecio toda a complexidade criada a partir disso. É, no mínimo, genial.
ResponderExcluirAbraço
Imersão Literária