Maratona Oscar: 1986

09/02/2022

 

Olá, leitoras. Ontem saiu as nomeações do Oscar 2021, vocês viram? Tem muita coisa boa que vale a pena assistir e outras que eu ainda vou ver antes da premiação acontecer, mas por hoje o foco é do Oscar 1986 que milagrosamente eu assisti todos os filmes da categoria principal.

  1. Entre Dois Amores (Out of Africa)🏆
  2. A Testemunha (Witness)
  3. O Beijo da Mulher Aranha (The Kiss of Spider Woman)
  4. A Honra do Poderoso Prizzi (Prizzi's Honor)
  5. A Cor Púrpura (The Color Purple)

A Cor Púrpura

Para ser sincera eu não assisti esse filme na maratona, mas sim depois de finalizar a leitura do livro que deu origem a esta adaptação. Ainda estava com tudo fresco na mente, por isso acabei não vendo necessidade.

É muito triste ver o que aconteceu com esse filme na premiação, já que teve 11 indicações e não levou nenhuma estatueta. A própria Whoopi Goldberg que está com uma atuação excelente acabou perdendo o prêmio. Mas, infelizmente, essa época a Academia era um pouco pior do que hoje em dia e da para entender o motivo desse filme ter sido tão esnobado (ainda que não dê para aceitar).

Leia aqui a resenha do livro A Cor Púrpura

A Testemunha

Este é um filme de suspense policial em que um garoto amish presencia um assassinato no banheiro da estação de trem e acaba se tornando a principal testemunha do caso. Durante o desenrolar da investigação o policial responsável acaba fugindo com o menino e sua mãe para a comunidade amish em que eles viviam e ali aprende sobre a cultura a religião dessas pessoas.

É um filme bem interessante, mas de certa forma fraco em relação aos outros. Ele não se diferencia muito de outros filmes do gênero que foram produzidos na época, então não sei dizer muito bem o que ele teve de especial para ser indicado.

O Beijo da Mulher Aranha

O Beijo da Mulher Aranha é descrito como um filme brasileiro, mas ele é mesmo multicultural. O elenco é composto por brasileiros como Sônia Braga, Milton Gonçalves, Herson Capri, entre outros, e também William Hurt (estadunidense) e Raúl Juliá (porto riquenho) e o diretor, Hector Babenco, é argentino.

A história se passa aqui no Brasil durante a ditadura militar onde duas pessoas estão presas. Um jornalista, como prisioneiro politico, e uma travesti que passa parte do seu tempo contando histórias de filmes que fazia parte da propaganda politica nazista. É um filme dentro de um filme, já que enquanto as histórias são contadas elas passam também para os espectadores.

Gostei muito desse filme, apesar de achar que ele não deveria ser inteiro em inglês. Ainda assim é um ótima produção que levou o cinema brasileiro para fora e deu o merecido reconhecido a William Hurt que ganhou o Oscar de melhor ator pela sua atuação.

A Honra do Poderoso Prizzi

Vou te falar que eu não sei o motivo de ter topado assistir esse filme, já que eu não gosto de filmes de máfia. Ainda que essa obra não seja máfia pura pega vários elementos para compor a história. Mas esse filme é quase que um romance de máfia com comédia, se é que isso existe.

Jack Nicholson é o algoz de um grupo de mafiosos e se apaixona por uma mulher que, posteriormente, descobre que ela é uma assassina de aluguel. Então a trama tem toda essa ideia de que ela tem que matar ele e ele tem que matar ela, ainda que ambos estejam juntos. Bem Sr. e Sra. Smith, só que menos sensual e com a duração bem maior.

Percebe-se que eu não gostei do filme. Mas ele tem uns tons bem machistas que me incomodaram, principalmente na sua finalização. A mulher só estava ali para ser usada, a mulher só estava ali para dar uma história para aquele homem. Enfim, um filme que envelheceu como leite.

Entre dois amores

O grande vencedor da noite foi Entre Dois Amores (Out of Africa), filme estrelado por Meryl Streep e Robert Redford que se passa na Africa. Um tanto quanto irônico, já que o filme com afrodescendentes foi totalmente ignorado levando nenhuma estatueta e aqui onde vários colonizadores que estão na África acaba vencendo o prêmio principal (e alguns outros). Mas enfim, né!

O filme é uma breve biografia de Karen Blixen, autora Dinamarquesa, e se passa no inicio do século XX entre o período da Guerra. Ela se casa com um homem por conveniência e descobre algumas de suas traições e após ficar sozinha na fazenda se apaixona por um homem de espirito livre. Em meio a tudo isso ela é rodeada de empregados (ou escravizados, o filme não menciona isso em nenhum momento) que trabalham em sua fazenda de café.

Não conhecia as pessoas retratadas no filme, mas a obra me passa a impressão de querer romantiza-las. O relacionamento de Karen com seus empregados é de respeito e com aqueles mais próximos até afeto, mas mesmo nos momentos que poderiam ser emocionantes há toda uma frieza típica de aristocratas. Particularmente não é um filme horrível de assistir, pois a parte do romance é bem feita e gostosa de acompanhar, ainda que de modo geral hoje em dia o filme não seria visto com bons olhos.

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2 comentários

  1. Gostei dessa ideia de maratonar filmes do Oscar por ano. Aliás, nasci em 1986 e o único que conhecia (mas não assisti) era "A cor Púrpura". Muito legal isso do Brasil, não tinha ideia. :) E em relação aos outros, é muito triste ver que muitos traços ainda continuam, mas aos poucos o cenário vai mudar. Espero! E nossa que saudade de assistir a um filme com a Whoopi. ^^

    Beijos, Carol
    www.pequenajornalista.com

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  2. Entre Dois Amores e A Cor Púrpura são meus filmes favoritos, são incríveis! O Beijo da Mulher Aranha ainda não vi, mas tenho vontade.
    Blog Entrelinhas

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