Olá, leitoras. Como vocês estão?
Hoje trago para vocês a resenha do livro Uma Rosa Só, da autora francesa Muriel Barbery que já fez sucesso no Brasil com A Elegância do Ouriço (cuja resenha você pode ler aqui). Já de inicio digo que a autora mantém a sensibilidade ao contar uma história, ainda que os dois livros sejam tão diferentes um do outro é possível reconhecer a escrita dela.
Nesta história acompanhamos Rose, uma mulher na faixa dos 40 anos que foi criada pela sua avó e só recentemente descobriu que tem um pai muito rico no Japão, cuja herança ela herdou após seu falecimento. Para isso ela viaja até o Japão, onde passa a conviver com alguns dos funcionários mais próximos de seu pai e seguindo um roteiro turístico deixado por ele.
O livro é narrado em terceira pessoa, mas o tempo todo temos a perspectiva da protagonista. De certa forma eu senti falta de estar dentro dos pensamentos dela lidando com essa mudança brusca de país, cultura e a ideia de que sua vida inteira teve um pai que se preocupou com ela mas nunca a procurou por causa de sua mãe.
Durante a viagem ela acaba ficando muito próxima de Paul e desconta algumas de suas frustrações em relação sua paternidade dele. Da mesma forma que acaba conhecendo seu pai através da admiração e palavras dele. Paul foi o meu personagem favorito da história, pois possui camadas que foram sendo reveladas aos poucos. Primeiro conhecemos seu lado profissional e com as páginas virando conhecemos seu lado familiar, carinhoso e romântico. Já deu para perceber que tem um romance na história, mas se você ama romances não se empolgue. O foco está longe de ser o relacionamento de Rose e Paul, mesmo que ela tenha sua relevância para a protagonista.
Um grande ponto que é destacado no livro é a cidade de Kyoto, uma importante cidade no Japão. A ideia principal é fazer com que a protagonista viagem e conheça essa cidade a fundo até o momento de receber sua herança, mas conforme as páginas foram passando a minha impressão é que ela estava sempre no mesmo lugar já que ela visita templos e restaurantes. Eu não sei o turismo que Kyoto proporciona, e apesar da personagem não ter ido lá a passeio eles são um ponto importante na trama, então eu esperei por mais descrições e lugares diferentes. Com exceção desse detalhe eu gostei muito do livro e acho que já posso considerar a autora como uma das minhas queridas do momento.
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Título: Uma Rosa só (Une Rose seulle) • Autora: Muriel Barbery
Editora: Companhia das Letras • Tradução: Rosa Freire d'Aguiar
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O livro foi cedido em parceria com a editora.
A capa desse livro chamou muito a minha atenção. A narrativa em 3°pessoa não é algo que me agrade muito.... Porém, se conseguimos perceber a personagem principal ja está valendo.
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