As Mil Noites obviamente como o título sugere fala sobre As Mil e Uma Noite, mas de uma forma diferente. Muito diferente. Em primeiro lugar, eu estranhei a escrita. Eu não sou uma leitora que se apega aos “detalhes da narração”, mas teve alguns momentos que eu fiquei perdida mesmo para alguém que não é atenta o bastante. A escrita foi um pouco confusa para mim, mas entendível, quando eu entendia, vibrante e apaixonante.
As Mil Noites é diferente dos diversos outros contos que já lemos antes. Aqui, Lo-Melkhiin não é nada como os outros sutões que já lemos. Aqui ele é... uma coisa. Aqui nesse livro o que está por trás do rei levar moças ao assassinato é uma coisa maior e mais assustadora. A influência de, como posso chamá-la, da mocinha, é muito maior. Eu li o livro todo e apenas nos agradecimentos que eu percebi que os personagens não tinham nome! Nem a personagem principal com seu grande papel. Ninguém exceto Lo-Melkhiin! E eu sequer tinha percebido, que grande sacada!
Nesse livro a protagonista não consegue sobreviver dia após dias contando histórias, mas o que intrigava o rei era como ela ainda vivia. Esse livro é mais fantasioso e mágico das outras versões das As Mil e Uma Noites. É feminista. Enquanto eu lia esse livro me lembrou bastante a série disponível na Netflix baseada no livro de mesmo nome, The Red Thend. Amei os personagens terem pele escura, exceto um estrangeiro que é claro como o leite.
Eu confesso que, por não saber o que esperar, eu me via torcendo por Lo-Melkhiin se redimir e confesso ainda mais que eu não via ele como o vilão. Pelo menos não até o final. Eu que raramente costumo gostar de trilogias me vi desejando ter uma sequência, até porque, achei esse livro muito curto. Pela primeira vez eu achei que um livro daria muito pano para a manga para uma sequência e decepcionadamente ele é único. Lo-Melkhiin e sua esposa são poderosos e faiscantes demais para apenas um livro. Pelo menos dava para esticar esse livro em uma duologia! Que frustrante! Quando acabei de ler me senti envolvida naqueles contos de fadas minúsculos, e isso é bom e ruim ao mesmo tempo.
Para quem amou A Fúria e a Aurora, pode não gostar apaixonadamente desse livro pela pegada não tão romântica e da desconstrução do rei que todo mundo amou. Lo-Melkhiin pode ser enigmático, maquiavélico, intrigante a princípio, mas ele é assustador demais para um mocinho.
Oi, Viviane!
ResponderExcluirNuns primórdios atrás, eu tentei ler o original das Mil e Uma Noites, mas desisti.
Eu também não curto muito uma narrativa muito descritiva. Pra mim, isso é pra encher linguiça.
Beijos
Balaio de Babados
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Oiii Viviane
ResponderExcluirEu amei A Furia e a Aurora mas quero justamente ler As Mil Noites pra conhecer essa outra versão, esse lado mais obscuro do rei. Esse livro já estava na minha mira faz é tempo, e cada vez que vejo uma critica positiva dele fico mais segura que precioso realmente ler logo ele.
Beijos
unbloglitteraire.blogspot.com.ar
Oi Viviane!
ResponderExcluirEu li outra resenha tb super positiva sobre esse livro, já fiquei mega interessada. Interessante a parte de não ter nomes, me deixou bem curiosa. Enfim, eu espero que você volte em breve para seu ritmo habitual de leituras, gosto muito de passar por aqui e ler as resenhas.
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Viviane!
ResponderExcluirAdorei a sua resenha e a sinopse desse livro.
Eu conhecia só A Fúria e a Aurora dos livros novos nessa pegada, mas me interessei muito, ainda mais por ser mágico e feminista.
Sinto que vou adorar, mesmo que você tenha ficado meio confusa na leitura às vezes.
:)
Beijooos
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