Resenha: Depois do Sim

25/07/2022

Livro "Depois do Sim" da autora Taylor Jenkins Reid
Olá, leitoras.

Já repararam que eu ando super sumida e sempre prometo que vou voltar e nunca volto, né? Pois é... Eu estou em uma eterna ressaca literária neste ano e tá difícil engatar leituras que realmente me engajem rápido. Em uma das minhas tentativas, navegando pelo meu Kindle, eu lembro quando peguei o e-book de "Depois do Sim" que a Companhia das Letras disponibilizou para seus parceiros há algum tempo e pensei "porque não?". E dei sorte pela minha escolha, já que finalizei esse livro praticamente em uma sentada.

Nesta história vemos que o casamento de Lauren não anda muito bem das pernas. Logo no primeiro capítulos somos apresentados ao casal tendo uma briga por um motivo besta: Local em que o carro foi estacionado. Nas páginas seguintes conhecemos a história de amor deles desde o momento em que se conheceram e, a partir de então, passamos a torcer para o que quer que esteja para acontecer com eles Acontece que em um colapso, uma briga em que as coisas saíram do controle eles tomaram a decisão de se separar. Com medo de fazer dessa uma decisão definitiva combinaram que em doze meses se reencontrariam e conversariam se realmente não dariam mais uma chance para o casamento tentariam ser felizes novamente.

Há algum tempo não lia um romance que me fizesse ficar presa na história e acho que esse livro me "pegou" pois eu já me apaixonei pela história da Lauren e do Ryan desde o primeiro momento em que eles se apaixonaram. Ambos eram engraçados, tinham sonhos e encontraram parte de si no outro. O problema é que todo amor jovem as coisas são eufóricas, tudo é bonito e ao cair na rotina e as diferenças aparecem é quando a percepção de que o amor não é tudo começa a surgir. O problema é achar que isso seja uma falta de amor e o que esse casal faz bem é justamente entender que não é, apesar de acharem que não se amam mais. Lembra daquela cena em "Um Dia" quando Emma diz para o Dexter que ela o ama, mas não gosta dele naquele momento? É mais ou menos isso que acontece com Lauren e Ryan, não porque um é c*zão estilo Dexter, mas só porque as coisas foram caindo tanto na rotina para esse casal que enquanto um achava que estava apenas agradando o outro um ressentimento crescia por achar que não estava sendo agradado nunca.

Grande parte do livro acompanhamos então a jornada de autodescobrimento da Lauren. Após 10 anos com a mesma pessoa como ela vai viver? Será que ela vai conseguir seguir sua rotina sem ele? É claro que não precisa nem ler o livro para saber que sim, afinal, mesmo que uma pessoa que amamos sai da nossa vida nós ainda continuamos vivendo. Temos que sair da cama para trabalhar, temos que visitar familiares, alimentar nosso cachorro e assim por diante. A diferença é que agora o espaço que ela pessoa preenchia deverá ser ocupado por alguma outra coisa. Lauren começa a fazer corridas, começa a passar mais tempo com sua irmã, coloca algumas leituras em dia. A jornada de Lauren deveria ser experimentada por muitas pessoas, inclusive, pois é libertador. Ela, acima de tudo, aprendeu a se amar, se mimar, antes de esperar que seu marido faça isso por ela.

A família de Lauren tem uma grande e importante participação na história. Sua irmã é mais desapegada de relacionamentos, seu irmão passa por uma virada em sua vida, sua mãe tem diversos namoros e, por fim, sua avó tem os melhores conselhos. É sempre bom ouvir alguém mais velho e que ficou casada por tanto tempo. Claro, não concordo 100% com o que ela diz, mas isso talvez reflita minha geração, minha cultura, minhas experiencias. 

Há coisas que me incomodam bastante em romances e nem a rainha dos leitores, Taylor Jenkins, está livre de cometer esses clichês (que funciona para a grande maioria das leitoras). Não gosto de ler cenas tão óbvias, personagens previsíveis. O irmão de Lauren, por exemplo, é alguém que a família não compreende muito bem. Ele vive em outro estado, pouco dá noticias e o todo o tempo a irmã reforça a indiferença dele em relação a família, então é claro que o arco desse personagem tem que envolver algo que faça ele - milagrosamente - perceber que tem que ficar perto da mãe e das irmãs. O ruim é que as situações criadas são superficiais e pouco críveis. Também não gosto que a grande maioria dos romances precisam ter uma tragédia, seja no meio da história ou no fim. Tudo bem, tragédias acontecem, mas é irritante o quanto isso é recorrente e nem acrescenta algo para a trama. Mas ok, isso é o que eu acho e provavelmente deve agradar váaarias leitoras.

Ainda que eu tenha algumas ressalvas, Depois do Sim é um ótimo livro. Ele prende, emociona, e da aquela ansiedade de saber se esse casal vai ou não ficar juntos após um ano. Mas mais do que tudo isso ele é uma grande lição de que a vida continua mesmo depois de términos.

📚

Título: Depois do Sim (After I Do) • Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela • Tradução: Alexandre Boide
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Um comentário

  1. Já que foi seu primeiro romance depois de tanto tempo, vou te indicar um que é bem divertido e gostosinho de ler: Minha vida não é uma comédia romântica, da Lola Salgado.
    Eu também leio poucos romances, mas esse é uma delicia.
    Gostei dessa sua resenha e indicação, Eu nunca li nada da Taylor Jhenkins, porque tenho um negocinho com autores hypados.

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