Resenha: O Lado Feio do Amor

12/09/2022

Olá, leitoras. Como vocês estão?

Ainda nessa ideia de ler os livros da Colleen Hoover que me faltam decidi passar algumas horas (pois qualquer livro dela é quase certeza de realizar a leitura em um dia) para ler um dos livros que eu, particularmente, acredito ser um dos mais populares dela no Brasil: O Lado Feio do Amor que é um pouco antiguinho e até quase teve uma adaptação há alguns anos atrás.

Eu passei muitos meses lendo resenha deste livro na época de seu lançamento e hoje fico feliz de não ter lido já naquela época. Livros hypados sempre geram uma expectativa muito grande, mas além disso muitos aspectos da história que a gente lê nas resenhas ficam na memória e acabam estragando algumas surpresas, ainda que a grande maioria das resenhas não contenha spoilers. Não falo nada disso porque hoje eu gostei muito do livro, muito pelo contrário, mas a leitura foi melhor sem expectativas ainda mais agora que eu estou praticamente desconstruindo minha visão pela autora.

Tate vai morar com seu irmão em um condomínio de luxo em São Francisco, onde irá se dedicar ao doutorado e seu novo trabalho como enfermeira. Tem uma certa vantagem de morar com seu irmão, pois ele raramente estar em casa, já que é piloto de avião. Todas as vantagens vêm acompanhada de algumas desvantagens e no caso de Tate é que seu irmão é aquele irmão super, mega, hiper protetor que ainda acha que ela tem 15 anos de idade. Claro, que também tem um amigo de seu irmão muito bêbado na porta do apartamento quando ela chega e claro que ele é lindo e claro que logo nos primeiros dias uma tensão sexual entre eles surge fortíssima.

O que gostei nessa história é que Milles, o tal amigo bêbado do irmão, não é aquele personagem badboy que estava em alta há alguns anos. Claro que a CoHo teve alguns personagens assim, mas ela sempre conseguiu escrever interesse romântico com características diferentes do que os livros de sua época. Ainda assim não consigo ve-lo como um par romântico perfeito. Ele tem um sério trauma no passado que precisa urgentemente ser tratado com muita terapia, mas para ele a única resolução do problema é não se apaixonar por ninguém, não se envolver sexualmente com ninguém (nessa brincadeira o cara está há 6 anos sem ficar com ninguém) e quando ele se interessando por Tate surge a ideia (horrível, diga-se de passagem) de eles ficarem fazendo sexo casualmente.

Se o passado e o futuro são proibidos, nos resta apenas o presente, e não faço ideia do que fazer no presente.

Para deixar claro nunca acho a ideia de sexo casual ruim, mas os personagens precisam estar realmente passando para o leitor a ideia de que é isso que querem e claramente não é o que acontece aqui. Desde o começo Tate ao admirar a beleza Milles já dava sinais de que facilmente se apaixonaria por ele (claro, isso é um livro de romance) e foi o que aconteceu logo nas primeiras vezes em que eles ficaram. Sem contar que sexo casual se chama sexo casual por um motivo e eles passaram a ficar tantas vezes que praticamente viraram ficantes, mas com uma moça apaixonada e um macho que finge que não quer nada com ela. Me poupe, eu sinceramente passo raiva com esses joguinhos que não tem nada de sadio neles.

Quando falo que esse relacionamento não estava saudável é porque Tate chegou num ponto de sair dessa e acabar sofrendo de saudade, tendo que lidar com o macho ciumento (mas todo mundo finge que é fofo, porque ele não faz um "escândalo" como tantos outros personagens) e voltando correndo só pela ideia de ter essa pessoa em alguns momentos mesmo sabendo que esse cara não queria absolutamente nada com ela. Eu não consigo lidar com relacionamentos tóxicos que se fingem de relacionamento legal só porque os "termos" estavam na mesa do tempo inteiro, pois infelizmente nem sempre é assim que funciona. 

Acho que deu para perceber o que não gostei no livro, né? Não tem como ficar mais explícito. É uma pena, pois ele tinha tudo para me conquistar, para dar certo. Alguns detalhes, que se tornam o enredo principalmente acabaram sendo mais importantes na história do que a construção de um romance de fazer a leitora aqui suspirar. E bom, para quem gosta de momento de sexo esse livro tem e muito. Inclusive, eu acho que de todos que li da autora é o que mais tempo (pelo menos a cada 3 capítulos esses dois tão transando). 

De todo o mais CoHo acerta muito em contar a história com dois pontos de vista, sendo de Tate e de Milles — mas neste caso o de Milles é contando o seu passado para podermos entender os motivos que o levaram a desistir do amor e dos relacionamentos em geral. Gostei da história dele, mas não consegui comprar muito a sua justificativa para desistir do amor. Como disse no início da resenha esse menino precisava mesmo é de muita terapia, mas raramente os personagens recorrem a uma profissional para resolver os problemas, né?

Título: O Lado Feio do Amor (Ugly Love)
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Tradução: Priscila Catão
Ano: 2015
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Sinopse: Quando Tate Collins se muda para o apartamento de seu irmão, Corbin, a fim de se dedicar ao mestrado em enfermagem, não imaginava conhecer o lado feio do amor. Um relacionamento onde companheirismo e cumplicidade não são prioridades. E o sexo parece ser o único objetivo. Mas Miles Archer, piloto de avião, vizinho e melhor amigo de Corbin, sabe ser persuasivo... apesar da armadura emocional que usa para esconder um passado de dor. O que Miles e Tate sentem não é amor à primeira vista, mas uma atração incontrolável. Em pouco tempo não conseguem mais resistir e se entregam ao desejo. O rapaz impõe duas regras: sem perguntas sobre o passado e sem esperanças para o futuro. Será um relacionamento casual. Eles têm a sintonia perfeita. Tate prometeu não se apaixonar. Mas vai descobrir que nenhuma regra é capaz de controlar o amor e o desejo.

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