Resenha: O Ceifador

13/06/2017

Essa não será uma resenha imparcial. Eu já demonstrei muitas vezes o quanto é difícil eu ser imparcial na minha opinião, então já deixo bem claro que eu amei esse livro e se pudesse daria muitos corações para ele. Claro que eu estava com a expectativa super alta e nem é por causa de resenhas que eu tenha lido por ai, já que eu acabei vendo posteriormente comentários sobre ele. Eu vi a primeira vez um tweet de alguém que marcou como lido no Skoob e gostei do nome. Depois vi a capa no Instagram e achei maravilhosa. Por último eu vi o nome do autor. Pronto, já quis ler o livro. Ao contrário de algumas pessoas eu gosto do autor — ok, só li dois livros dele até hoje (os dois da série Fragmentados) e gostei muito, então eu estava esperando que este também fosse muito bom. Obviamente pelos comentários acima eu achei o livro ótimo. Então sem mais delongas vou explicar para vocês o que eu curti tanto.


Bom, gostei muito da ideia de uma distopia onde a morte vem por mãos especializadas nisso. Pessoas que em algum momento da vida são chamadas para serem aprendiz de ceifador, podendo ou não se tornar um ceifador ao final do treinamento. Em um mundo perfeito a gente sempre pensa em vida eterna e é isso que o livro nos trás. Mesmo que tenha os ceifadores as chances de você ser coletado são minimas pelo menos em uma centena de anos. Ao contrário do que eu pensei inicialmente esse mundo é governado por uma evolução da nuvem (essa mesma que conhecemos hoje) que se chama Nimbo-Cumulo. Ela tem o controle total sobre a saúde, moradia, escolas, construções, saneamento básico, a fome do mundo e tudo mais o que você possa imaginar com exceção da Ceifa (a instituição que controla os ceifadores).

Como meu foco sempre fica por conta dos personagens então vamos à eles. O livro é narrado em terceira pessoa mostrando-nos principalmente a perspectiva de Citra e Rowan, dois adolescentes que são convocados para ser aprendiz do Ceifador Faraday. Citra é uma garota atrevida, que não tem medo dos Ceifadores ao contrário de algumas pessoas e que acaba decidindo aceitar a proposta para garantir imunidade a sua família caso seja, de fato, uma ceifadora. Ela mostra muita coragem durante todo o livro, nunca temendo demonstrar o que pensa mesmo que seja nas horas erradas mas isso não significa que ela não irá aprender a se controlar já que nem tudo o que se deixa o publico ver é o que é verdadeiro. Rowan é de uma família grande e que pouco se importa com ele. Ele sempre se sentiu como aquele tipo de pessoa que estando ou não em casa nada faria diferença para sua família, entende? Ele não tem esteriótipo de garoto ruim ou mal, apenas solitário e sem muitas perspectiva para sua vida. Então para ele tudo muda com a proposta de Faraday, apesar de ele não querer realmente ser um ceifador. Ao longo do livro ele passa por algumas situações em que eu fiquei apreensiva temendo para o que o autor estava reservando para ele, já que um certo excesso de atenção poderia acabar estragando ele mas fiquei bem contente com o que ele acabou fazendo no penúltimo ato do livro. E bom... Faraday. O que falar de Faraday? No inicio eu o via como um tipo de vilão, que de alguma forma estava roubando os jovens para o seu mundo mas com ele eu aprendi que o ato de coletar não é o mesmo que assassinato e que mesmo um ceifador pode chorar a morte das pessoas coletadas. É um dos personagens que mais gostei de conhecer, pois também gosto das coisas que diz.
Passou pela sua mente a ideia de que ser uma ceifadora era como ser uma morta-viva. Estaria no mundo, mas a parte dele. Apenas uma testemunha das idas e vindas dos outros. 

Assim como qualquer outra instituição que deve controlar outra é claro que a Ceifa não é perfeita e incorruptível. Como eu disse a Nimbo-Cumulo não se mete nos assuntos que diz respeito a Ceifa e por isso ela não tem como acabar com a corrupção que possa existir ali. É um pouco frustrante, mas ao longo da obra eu fui compreendendo o porque de eles não poderem ter esse contato e em partes é até bom. Outra coisa que me frustou foi saber justamente isso, já que pelo que vi do Ceifador Faraday eu tive uma imagem dos ceifadores que foi se provando errada ao longo do livro. Nem todos são bons, nem todos sentem as coletas que fazem e nem todos se importam com a família dos coletados. Ok, eu sei que é um paralelo igual as mortes que temos nos dias de hoje. Algumas vem misericordiosas e outras não, mas mesmo assim é triste.

Bom, já fiz um textão e nem falei tudo que eu queria falar. Mas vou parar por aqui. Só terminando com um; Você precisa ler esse livro. Se você gosta de distopia vai ler ele agora\. Se você gosta de livros que te surpreendem: Leia esse livro. Porque sim, em todos os atos do livro eu fiquei surpresa. Seja com alguma morte, com alguma coisa que os aprendizes fizeram, com algum algum personagem que demonstrou ser diferente do que era no inicio. Mais uma vez Neal me deixo ansiosa para um segundo volume e estou aqui aguardando. ♥
— Você sente um pouco... mas é apenas uma sombra do que poderia sentir. Sem a ameça do sofrimento, não temos como sentir a verdadeira alegria. O que melhor que podemos conseguir é uma vida agradavel. 

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