Olá! Hoje eu trago para vocês um pouco da minha primeira experiência de literatura em Cordel. Antes de qualquer coisa é bom explicar o que é Cordel, pois infelizmente nem todos conhecem (eu também não conhecia, apesar de a palavra "cordel" ser bem conhecida). Segundo o site TodaMatéria Cordel é "uma manifestação literária tradicional da cultura popular brasileira, mais precisamente do interior nordestino". Alguns autores citados pelo site que usam essa forma de escrita é Guimarães Rosa e Ariano Suassuna (autor de O Auto da Compadecida). O Cordel possui uma escrita quase lirica, conforme você vai lendo parece que as palavras estão formando uma música na cabeça, sabe? Parece muito poesia, mas ao meu ver é muito mais interessante. Agora que nós sabemos um pouco mais do que é Cordel vamos ao Meus Romances de Cordel do autor Marco Haurélio.
No livro há 7 histórias, onde ele expressa sua regionalidade, pessoas com personalidades marcantes e acontecimentos um tanto quanto fantasiosos. Eu gostei muito de História de Belisfronte, o filho do pescador e Os Três Conselhos Sagrados, mas de modo geral todas as histórias são excelentes. Como eu disse ao ler parece que as palavras saem cantadas e até experimentei ler alguns trechos em voz alta e é muito gostoso ouvir as palavras se transformando em uma canção. Sim, eu fiquei muito encantada com a minha experiência.
Vou falar um pouco sobre as duas histórias citadas acima para complementar minha resenha, pois gostei muito delas e ao contrário de quando leio contos eu não senti que algo ficou faltando, sabe? História de Belisfronte, o filho do pescador é sobre um jovem que foi prometido pelo seu pai a uma criatura que vivem no mar. Ela lhe prometeu muita fartura se o pescador entregasse seu filho, porém o que gosto é da ideia de os filhos mais velhos não terem ido e somente o mais novo ter se sacrificado, após anos ele volta e mostra-lhes sua vida e todos sentem inveja. Mais para o final da história, após algo que podemos chamar de plot twist o jovem precisa salvar a "criatura do mar". Eu gostei dessa história pois mostra sobre a curiosidade do homem e o quanto ela pode ser prejudicial, além de que às vezes não queremos fazer algo, mas os olhos enchem de arrependimento ao saber do quanto aquilo poderia ter sido bom.
Os Três Conselhos Sagrados prova a ideia da história anterior, já que foi benéfico ao personagem segurar sua curiosidade ao longo da sua jornada. Além disso conta sobre o homem nordestino que vem à São Paulo a procura de uma vida melhor, poder ajudar a família, e fazer com que os filhos tenha a melhor educação escolar. Aqui não é diferente, porém o rumo que a história vai tomando surpreende por ser mais pessimista e com altos e baixos à partir daí. Fiquei aflita com o destino do personagem e em poucas palavras consegui me apegar muito a ele e sua jornada.
Se você não conhece, nunca leu, algo em Cordel eu indico. É muito bom, uma leitura super rápida e que trazem muitos aprendizados.
Silviane!
ResponderExcluirComo oa nordestina, amo os cordeis.
Contam histórias de formas ritmadas, quase como um repente se lido em voz alta.
Não conhecia o autor.
Fico feliz que tenha gostado.
cheirinhos
Rudy
Oie Sil!
ResponderExcluirEu nunca li nada de Cordel, porém eu confesso que fiquei interessada em ler algo nesse ritmo
me interesso por leituras que possam trazer esse quê de regionalidade , pra gente conhecer um pouco mais das pessoas e do nosso país !
Beijos!
Pâm
Blog Interrupted Dreamer
Oi Silviane, tudo bem?
ResponderExcluirO Brasil é um país tão rico culturalmente, mas infelizmente acabamos não dando o valor que a nossa cultura merece. Nunca li nada de Cordel, porém acredito que deve ser uma experiência muito interessante e prazerosa esse contato com a regionalidade que o estilo traz.
Fiquei bastante curiosa!
Beijos;***
Ariane Gisele Reis | Blog My Dear Library.
gOlá,
ResponderExcluirEu tenho muita vontade de ler cordel. Admiro muito o estilo, até pela força regional que tem. Gostei muito da dica.
Beijo!
www.amorpelaspaginas.com